Newsletter "Semana Gourmet"

Comece a segunda-feira com receitas deliciosas no seu e-mail!

Comece a segunda-feira com receitas deliciosas no seu e-mail!

Diário do Levain – parte II

Ah que eu estava tão ansiosa pra escrever esse post… Seria um post de superação, quase motivacional, que mostraria como a perseverança vale a pena e tudo dá certo no final. Onde a “mocinha” supera suas próprias limitações e faz um lindo pão de fermentação natural, crocante por fora, macio e cheio de buraquinhos por dentro, acidez e sabor equilibrados. Mas, estou me sentindo o Rocky nos primeiros minutos da luta, soco atrás de soco e nenhum sinal de reação…

Bom, mas vamos ao diário. Dessa vez fiz tudo ao longo do dia, nada de dormir e acordar às 5h por causa de fermento. Então, ontem às 7h da manhã, exatamente uma semana depois da primeira tentativa, retirei meu fermento da geladeira. Como tenho pouca experiência com o bichinho, achei que estava tudo certo. Refresquei conforme instruções do meu livro guia, o Pão Nosso, achei que ficou meio seco, mas ignorei. Deixei descansar por 4 horas. Ele continuou praticamente igual antes, só que maior. Novamente ignorei. Comecei o processo: separei ½ xícara do fermento, juntei 1 xícara de água, misturei, juntei 4 xícaras de farinha de trigo branca aos poucos, misturando sempre. Finalizei adicionando aos poucos 2 colheres de chá de sal. Sovei, sovei, sovei por 10 minutos. Coloquei para descansar no mesmo bowl de sempre, coberto com pano. Só que dessa vez, como está friozinho, pré-aqueci o forno do fogão e deixei esse calor subir pro bowl, “ajudando” o fermento. Cresceu quase nada em 4 horas. Quase nada. Lógico que ignorei esse fato, tirei, modelei e passei para uma forma enfarinhada e deixei crescer mais 1:30h.

Novamente cresceu quase nada. Novamente ignorei. Já tinha chegado até aqui, o mínimo era pagar para ver, não é? Fiz três cortes, borrifei com água (sim, comprei um borrifador, estou determinada) e coloquei para assar. Assar a uns 220 graus, diz o livro. Por algum motivo meu forno não está passando de 154 graus. Sem grill. Isso não pode estar certo. Desconfiei da primeira vez, mas agora tenho quase certeza que o forno está tendo um papel fundamental nos meus fracassos de fermentação natural. Junto com o fermento. Junto com minha pouca prática… O resultado? Um pãozinho pálido, levemente crocante por fora, macio com partes mal assadas por dentro, mas com um sabor até gostosinho.

Hoje pela manhã cortei com a esperança de um milagre. Lógico que não teve milagre em relação ao pão. Acho que fiz uma cara de decepção. Alice me perguntou o que tinha acontecido com meu pão, eu respondi que não tinha dado certo. Ela me olhou, olhou pro pão, pegou uma fatia, apertou, mordeu, sorriu e me disse: “deu certo sim mamãe, está muito macio”! Comeu a fatia dela inteira e ainda levou uma pro Gabriel. Aquele “prêmio de consolação” que vale mais do que o prêmio principal!

E agora? Vou jogar fora o resto do fermento que está na geladeira e começar outro do zero. Também estou agendando uma visita técnica da assistência do fogão. E pra minha auto estima? Vou dar mais um tempo da fermentação natural, até resolver fermento e forno!

3 comentários em “Diário do Levain – parte II”

  1. Oi Bruna! Também estou na lida com o levain, tbem iniciei com o livro Pão Nosso. Então, aqui em Blumenau a temperatura já está bem amena, até friozinho… e tive no começo os mesmos resultados q vc. Nao me conformei e fui pesquisando sobre. Descobri que: 1)se quiser fazer pao branco tem que converter o levain antes pra farinha branca (o q consiste alimentá-lo umas 3 x seguidas com farinha branca até q o levain fique bem forte). 2) o pulo do gato pra mim foi descobrir que usar agua morna e um tico de açúcar mascavo pra refrescar o fermento. 3) comecei a brincar com as proporçoes pra alimentar o fermento, e o que melhor funcionou por aqui foi 1:1:1 (ou seja, qtades iguais de fermento, agua e farinha), o levain ficou felizão! 4) os tempos de fermentaçao por aqui (q ja esta friozinho) são beeeeem maiores do que os citados no livro. E pra refrescar o fermento tbem. Espero ter ajudado! Nao desiste não: fica firme com seu levain pq os resultados são recompensadores!

    1. Nossa Andreza, eu dei um tempo do levain agora por questões de tempo mesmo! Essa quarentena está durando muito mais do que eu imaginava… MAs sabe que cheguei à mesma conclusão que você? Água morna e um tiquinho de açúcar demoraram (no meu caso), fizeram a diferença para garantir um levain feliz! Já já eu volto pro mundo da fermentação natural!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Oi! Eu sou a Bruna Leite, chef de cozinha, autora de um livro de sucesso, o Pequenos Gourmets, mãe de gêmeos e completamente apaixonada por comida.

LANÇAMENTO

BISTRÔ

MEU LIVRO

WP Twitter Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
Rolar para cima
Rolar para cima