Fora do circuito badalado, fachada sujinha, fila na porta, cadeiras, pratos e taças simples. Passando na frente, não dá para notar a diferença entre ele e um outro bistrô qualquer. Mas, quando começam a vir os pratos…
Pão caseiro, carolinas de queijo com semente de papoula, aspargo envolto em algas, consommé de melancia e framboesa, sashimi de atum com farofinha doce e sopinha de rabanetes agridoce, para começar.
Depois, ceviche com leche de tigre e polvos, bacalhau fresco, com cogumelos e chips de casca de limão, pâncreas de cordeiro com ervas. Sim, você leu certo, pâncreas mesmo. Virou moda fazer essas vísceras nos restaurantes moderninhos da Europa e não ia ser diferente neste. Mas, apesar de parecer estranho, vou ser sincera, foi o melhor prato da noite!
Na sequência, para quebrar o sabor dos salgados e nos preparar para os doces, os queijos. O roquefort, feito com leite de cabra não-pasteurizado foi de longe o melhor para mim. Absurdamente macio e saboroso, com a consistência quase de uma pasta. Nem pensei, deixei os outros para o marido e comi só ele. Morangos com hortelã e zabaione sobre cerejas (já fizemos aqui no blog, chique né?) completaram o menu. O cafezinho vem acompanhado de um delicioso bolinho de amêndoas.
Surpresa número 1: saiu tudo desta pequenina cozinha.
Surpresa número 2: este menu completo custou 55 euros por pessoa, algo em torno de R$ 126. Muito menos do que esperávamos pela experiência.
Enfim, depois de tudo isso, só resta uma coisa a fazer: aplausos ao chef basco Iñaki Aizpitarte!