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Domingo em Champagne

Para aproveitar os raros dias de sol que têm feito, resolvi fazer um bate-e-volta de trem até a região de Champagne, famosíssima pelos deliciosos vinhos espumantes. A viagem é rápida e muito simples de fazer, partindo de Paris. 

                               

                                                                                                      Imagem: Google França
PARIS-REIMS
O trem de alta velocidade TGV sai da Gare de l’Est em Paris e chega na estação central de Reims em 45 minutos! A cidade, além dos vinhos espumantes, é famosa pela sua catedral, onde todos os reis da França foram coroados. Mas, como o foco aqui é a bebida, vamos à ela.
Chegando lá, a melhor opção para um dia é escolher uma ou duas vinícolas para conhecer bem. Você pode conhecer a Taittinger, Bollinger, Mumm, Piper-Heidseick, Pommery e Veuve Clicquot. Eu escolhi a primeira da lista, que é uma das minhas favoritas. 
Todas as visitas seguem o mesmo roteiro: aproximadamente 45 minutos andando pelas caves, que podem estar a até 30 metros abaixo do solo, e conhecendo o processo; e os últimos 15 minutos degustando os espumantes da casa. 
Mas na Taittinger, por ser uma das únicas caves administrada pela família original, tudo isso fica um pouco mais pessoal. Os funcionários contam entusiasmados e orgulhosos a histórias da casa. 
Aliás, fiquei surpresa com a fabricação do champagne. Simplificando, é mais ou menos assim:
COLHEITA
A tradição na região não mudou até hoje. Todas as uvas são colhidas manualmente e prensadas sem a casca, para extrair somente o suco.
PRIMEIRA FERMENTAÇÃO
O suco é armazenado em tonéis para a primeira fermentação natural. Aqui já se formam as bolhas de CO2, mas são liberadas totalmente quando o tonel é aberto. O resultado então é o vinho tradicional.
CRIAÇÃO
Vários vinhos são combinados para formar o espumante tradicional da casa. Todos os anos ele tem exatamente o mesmo sabor, cor e aromas. Imaginem a complexidade desse processo!!
SEGUNDA FERMENTAÇÃO
Os vinhos são engarrafados e recebem uma pequena quantidade de fermento, açúcar e outros ingredientes secretos da casa. Aqui formam-se as bolhas novamente e os detrimentos do fermento vão se concentrando no pescoço das garrafas, já que elas ficam inclinadas. Mas para garantir que isso aconteça, as garrafas são giradas manualmente alguns centímetros todos os dias
DEGORGEMENT
As garrafas, com os sedimentos concentrados no pescoço, são colocadas em um recipiente muito frio, congelando o conteúdo do pescoço. Em seguida elas são abertas e, com a pressão, o pequeno bloco de gelo que se formou é expelido. A garrafa é completada com um pouco de “licor de expedição”, que vai determinar se o vinho é brut ou demi-séc, e fechada definitivamente.
Depois desta fase, os melhores champagnes são guardados por no mínimo 3 e até 8 anos, em caves como esta à cima, antes de chegar ao mercado.
Aí, depois de toda essa aula, é só relaxar com uma taça de Champagne…
REIMS – EPERNAY
Mas Reims não é a única cidade a ser visitada. A pequena Epernay é a sede da famosa e consagrada Moet & Chandon. Fui de trem de uma cidade para a outra, leva em torno de 30 minutos e faz duas rápidas paradas no caminho.
A diferença entre a Moet & Chandon e a Taittinger é enorme. Aqui é como se o negócio ficasse profissional.
Inclusive, é altamente recomendado fazer uma reserva de horário para visita através do site deles. 
Ingresso verde para indicar a visita em inglês (meu francês ainda não tá aquilo tudo), ingresso branco para o tipo de degustação adquirido (preço de acordo com o tipo do champagne) e entradas grandes para as caves. Só para comparar, na Taittinger não tem nada disso… É chegou, pagou e entrou. 
Já dentro da cave, o barril que Napoleão trouxe de Portugal e doou à Maison Moet & Chandon. Originalmente ele estava cheio de vinho do Porto. O detalhe é que ele “adquiriu” esse barril justamente quando invadiu Portugal e afugentou D. Joao VI para o Brasil… 
Até a degustação aqui é com mais glamour!  
EPERNAY – PARIS
A volta por Epernay é um pouquinho mais longa, leva 1:20h, pois tem algumas paradas no caminho e o trem não é de alta velocidade. Perfeito para dar aquela cochilada depois de tanto champagne…

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Oi! Eu sou a Bruna Leite, chef de cozinha, autora de um livro de sucesso, o Pequenos Gourmets, mãe de gêmeos e completamente apaixonada por comida.

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